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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Não achamos o que nunca perdemos... - Babá Dirce

Meus Amigos,


Li o belíssimo texto de Babá Dirce da Casa de Pai Benedito de Aruanda e concordando em gênero, número e grau, transcrevo o mesmo abaixo.

O umbandista não precisa mudar de religião para conhecer Jesus!

Saravá!

Evandro de Ogum

Não achamos o que nunca perdemos...
por Babá Dirce
Casa de Pai Benedito de Aruanda

Boa tarde ao meu povo de UMBANDA, boa tarde ao povo que assim como eu tem a fé em nossos Orixás e que tem orgulho de dizer que É UMBANDISTA!


Vinha pensando no que escrever aqui, que mensagem deixar para vocês, então comecei a refletir sobre a vida, sobre religião foi quando lembrei algo que li: “... depois que eu sai da Umbanda, eu sai do buraco que eu estava, encontrei Jesus e agora estou bem melhor...”


Pensei por algum tempo nessa frase e algumas perguntas me tocaram, a principal foi: “Como encontrar alguém que jamais devíamos ter perdido?”. Afinal, como depois de passar tempos pela nossa religião, alguém sai dela criticando? Será mesmo que a culpa de uma vida que não está dando certo está em nosso Pai Oxalá, nos sagrados Orixás ou na UMBANDA? Então pensei que a pergunta para essas pessoas deveria ser: “Como estaria minha vida, se eu não tivesse naquele momento dificil o amparo de nossos Orixás? “

Eu ainda sou capaz de tocar em um assunto ainda mais delicado... Como foi o comportamento da pessoa o tempo que frequentava uma tenda de UMBANDA? Colocar roupa branca e carregar guias não é ser Umbandista, o tempo que passamos no terreiro é curto, o que importa é nossa postura todos os dias. Será que levamos em nosso coração todos os dias a FÉ, o AMOR e a CARIDADE? Essa é a bandeira da UMBANDA, mas certamente se encaixa em qualquer religião. Sermos caridosos com nossos irmãos, sermos gentis e cordias, nos mantermos sempre com o coração puro e a postura correta nos fazem pessoas melhores, não é apenas a máxima de uma religião.

Como é possível alguém dizer que saiu de uma religião e encontrou Jesus em outra? Para encontrar é necessário ter perdido. Eu nunca perdi Jesus, nunca perdi a fé, nunca perdi a crença. Quem achou quando saiu, é porque perdeu, e esse não é o intuito. Não deveria ser. A fé está em carregar em nosso coração uma força superior que nos guia, que nos ampara, isso é fé!

As portas da minha casa, da nossa religião está sempre aberta, como de qualquer templo seja qual for o rito, deveria estar. Mas vamos ter sempre em nosso coração que precisamos ter humildade para reconhecer o que foi nossa fé, sem esnobar como se não fizesse parte da própria história daqueles que seguiram para outro caminho. Não tem problema trocar, tentar novas possibilidades, mas tenhamos respeito com a religião que lhe amparou, tenha respeito com a religião do seu irmão, não mais irmão de fé, mas irmão que compartilha o mesmo mundo que você.


Estamos em pleno século XXI o homem visitou o espaço, viaja de um continente pra outro em horas, fala com outro por telas de computador, e nós ainda temos preconceito religioso?


Eu aceito a minha fé, eu tenho orgulho de cada guia que eu carrego no meu pescoço, eu honro o solo sagrado que eu piso para incorporar as entidades, bato cabeça no altar sagrado para os Orixás, sou guiada por Pai Oxalá e protegida pelos Exus.


Salve nosso Pai Oxalá bendito, Laroyê todos os Exus.


Diga sim sou Umbandista!


Com carinho


Babá Dirce
 
Fonte: http://casadepaibenedito.blogspot.com.br

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Mensagens de Umbanda - Morubixaba Carine

"A Umbanda não se vale da prática em comercializar o dom, em enganar seus irmãos por tais meios, antes que sejam chamados de volta à pátria espiritual, haverão de prestar contas por tal violação da Lei.


Nenhuma palavra deixada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas pode ser esquecida ou alterada, nem tampouco manipulada, distorcida por mentes que busquem justificar, de alguma forma, seus interesses mundanos.
Não se enganem, não se iludam, conhecemos bem nossos filhos e cada intenção.
O trabalhador de Umbanda deve ter claro em mente que esse caminho é de servir e não de ser servido em seus caprichos, servir por amor a Jesus, à espiritualidade benfeitora e amiga, servir em nome do bem de todos, em nome das virtudes que os Pais e Mães Orixás vibram por todos.
Honrem as virtudes dos Orixás e serão filhos de Umbanda verdadeiros, não se apeguem aos aspectos negativos porque não é esse o objetivo. O negativo é somente um sinal de alerta indicando o trabalho a ser realizado por cada filho no íntimo de seu coração.
Que não haja engano, filho de Umbanda, quando pisa no terreiro, deve se preparar para servir, colocando-se à disposição dos Guias e Mentores com confiança. Observando com cuidado as normas terrenas da casa e do bom senso. Em seu dia a dia é conveniente que estude, porém, que saiba selecionar o tipo de leitura à qual se dedicará, mesmo porque temos notícias de literaturas falsas que nada podem acrescentar.
Muitos mentores têm intuído os filhos, inspirando-os a escrever boas coisas a fim de orientá-los. Reconhece-se a boa leitura pelo teor de sua mensagem. A palavra, assim como o som, tem vibração e quando nos sentimos bem lendo algo, esse é um bom sinal.
As mudanças estão chegando e aos poucos os filhos irão se adequando aos novos tempos. Esperamos por médiuns dispostos ao trabalho, dispostos a abandonar velhos e ultrapassados pensamentos, medos, alegorias desnecessárias, mas, acima de tudo, esperamos por médiuns de bom coração e vontade.

Um ótimo fim de domingo à todos, feliz 2014!!!"


Texto de autoria da Morubixaba Carine - 05/01/2014

terça-feira, 21 de abril de 2015

Cubanos e Haitianos no Brasil - Um olhar religioso! - Pai Evandro Fernandes

Meus irmãos!


Sabemos que com o Projeto Mais Médicos do Governo Federal, muitos irmãos cubanos estão chegando ao Brasil, além do grande número de irmãos haitianos que estão buscando asilo em nosso país.
A pergunta é: e a religião?
Sim religião, pois grande parte dos irmãos cubanos são adeptos da Santeria e/ou Regla de Ocha e muitos dos irmãos haitianos adeptos do Vodu, ou seja, religiões de matriz africana com elementos de outras culturas.
O fato é que nosso País é preconceituoso! A Umbanda, Candomblé, Catimbó-Jurema, dentre outras, já sofrem com a intolerância religiosa praticada em sua maioria por integrantes de igrejas neo-pentecostais e os crimes contra os religiosos de matriz-africana é cada vez mais comum nos noticiários.
Então, como serão recebidos nossos irmãos? Como eles praticarão sua fé? Onde serão acolhidos? Haverá o respeito por suas crenças?
Todas essas são perguntas que me faço desde que conversei essa semana com um médico cubano, adepto da Santeria, que faz parte do grupo que veio à Limeira atuar no Programa Mais Médicos na cidade.
Uma coisa é certa: estaremos aprendendo muito com eles, com sua cultura, com sua persistência e também com sua fé!
Acredito que a Umbanda com toda sua pluralidade e acolhimento, seja um caminho para o direcionamento desses irmãos e também acredito que muito em breve novas casas de Santeria, Regla de Ocha e Vodu surgirão em nosso país e peço que os Sagrados Orixás e guias espirituais ampare, proteja e ilumine nossos irmãos imigrantes, nossa sociedade e principalmente nossos governantes, pois receber um povo, é receber também sua cultura e sua religiosidade!
Saravá fraterno à todos!
Luz e Bençãos!

Evandro Fernandes
Sacerdote Umbandista
Tenda de Umbanda Pai Joaquim D´Angola e Exú Tiriri
http://evandrodeogum.blogspot.com/
Limeira/SP

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Pai Élcio de Oxalá - Roberley Meirelles

Este escrevi pensando no Pai Élcio...por causa do ponto que ele gravou...
Vou bater cabeça e saudar meus Orixás!Frase bonita e de muito significado para quem pertence à religião de Umbanda ou Candomblé, saldar o sagrado que existe em mim pedindo a ele que permita que o sagrado que existe no universo torne-se um só.O momento que chegamos ao templo, casa, barracão enfim a morada dos Orixás e Guias, entramos em um local consagrado para ser uma passagem entre o profano e o sagrado, ali com o passar do tempo as forças divinas e divinais começam fortalecer o espaço, preparando para o trabalho humanitário e socorro aos espíritos humanos.A função do médium ou trabalhador é muito importante, porque vem do ser humano o fruído necessário para a transformação de ambientes e também dos corpos perispirituais de irmãos que ainda não compreende a força transformadora da luz, é através de nosso ectoplasma ou fruído vital, que os trabalhadores da luz conseguem transformar o que era caos ou sofrimento em ordem ou cura.A preparação de todo trabalhador da seara de luz é muito importante desde seus preceitos, até seu comportamento ao chegar ao local de trabalho, ao adentrarmos o terreiro devemos com certeza saudar os protetores do espaço, cruzar o solo sagrado, e bater a cabeça no conga, nos colocando a disposição da equipe ou egregora que compõem a casa.São detalhes pequenos que narrei, mas de suma importância para o trabalhador ser reconhecido e realmente entrar em conexão com as forças regentes do local, saber o que esta assentado em sua casa, ou templo, o Orixá ou Orixás que seriam os chefes e protetores do local, o Guia que vem a ser dentro da linha das entidades o responsável pela junção entre todos, ou seja, entre os Orixás e seres humanos que ali vem trabalhar, e finalmente conhecer os Exus que comandam a proteção dos ambientes.Realmente Umbanda tem fundamentos e precisa preparar, mas acima de tudo precisamos conhecer onde estamos, o que devemos fazer para melhorar, o que podemos fazer que não venha a prejudicar a nós ou a um irmão.Ao deitarmos para bater cabeça pedir a Xangô que realmente nos traga o equilíbrio, a Oxalá para sermos dignos trabalhadores da luz, Ogum que proteja sempre nossos caminhos, Iemanjá que não nos deixe magoar ou faltar amor em nossos corações, Oxum que tenhamos sempre a alegria de estar vivendo nos trazendo a felicidade, Oxumaré que transforme nossos caminhos, Ibeji que nunca nos tire o doce da vida, Oxossi que não nos falte o alimento, Obaluayê e Omulu cuide nossa saúde e espírito, Nanã nos acalente em seus braços nos momentos de sofrimento, Iansã que seja a guerreira em nosso caminho, nos ensinando sempre a lutar e não fraquejar diante de nossos medos e inimigos.Bater cabeça é reafirmar o compromisso assumido de servir e trabalhar pela luz, sempre se colocando na condição de filho, não importando seu grau ou status, é o momento que o trabalhador de forma humilde ajoelha-se e trás para dentro de si as diversas forças que agregam a luz, tenha em mente neste momento que não somente o chefe do terreiro esta lhe abençoando e sim todo um plano divino estão felizes pela sua dedicação e amor a criação do Pai Maior.Para mim como dirigente e chefe de uma casa ao deitar e bater cabeça peço aos Orixás que nos abençoe, que ampare a todos os presentes, abrindo os portões de ligação entre os planos espiritual e material, que o sagrado que habita em mim se junte ao sagrado que é divino e infinito, agradeço aos Orixás e ao Criador a oportunidade dada para mais uma etapa de minha jornada.Quando os meus filhos batem a cabeça eu me ajoelho e bato cabeça para os seus Orixás, não importa se tem anos de casa ou se chegou no dia, importa que ali naquela coroa ou Ori habita uma parte do cosmo, energia que foi despertada com o inicio da transformação individual de cada um, Orixá esta ali, o senhor da cabeça mora junto a nós.Roberley Meirelles

domingo, 19 de abril de 2015

O que é MACUMBA?

MACUMBA - "ma" (o que assusta) + "kumba" (soar assustadoramente) é uma palavra de origem angolana do dialeto quimbundo (um dos muitos dialetos Bantos e um dos mais falados naquele país). É uma árvore sagrada existente na África, da família das lecitidáceas (mesma família do Jequitibá), em torno das quais diversos povos, tribos e etnias africanas confraternizavam, comemoravam suas conquistas e vitórias, agradeciam as divindades pelos alimentos adquiridos através da natureza em virtude dos sagrados Orixás e suas diversas manifestações culturais e quando eram aprisionados para serem traficados como escravos, davam voltas em torno desta árvore para despedirem-se de suas vidas em terras africanas. É também um antigo instrumento musical de percussão africano, espécie de reco-reco que dá um som de rapa (rascante) e por isso tem o mesmo nome. Na África existem rituais festivos em que são utilizados dessa madeira para fazer os instrumentos com a entonação de som, medida pelo tamanho do corte da madeira. Foi no início do século XX com o surgimento da Umbanda que muitas vezes era realizada nas praias e por macumba ser o instrumento musical utilizado nesses cultos, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia”. Assim, o termo "macumba" arraigou-se pejorativamente para designar os cultos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos.

sábado, 18 de abril de 2015

PAREM DE MACULAR MINHA RELIGIÃO.

As vezes de fato chego a entrar em um certo desequilíbrio quando ouço ou presencio coisas relativas a Umbanda.
Ontem em conversa com uma irmã de fé, fiquei estarrecido ao ouvi-la me contar sobre certas práticas, comuns na "tenda de umbanda" que frequentava.
Como por exemplo surras de espada de Ogum que "tomava" chegando a cortar suas costas, ou então "entidade" queimando seu braço por que ela cometeu alguma desobediência, tapas no rosto...
Confesso que não sabia se era raiva ou tristeza que eu sentia, meu Deus quanta ignorância, quanta baixeza.
Outra senhora procurou a Mãe Pequena de nossa casa (Pamela Sampaio) em total desespero, perguntando quanto nós cobraríamos para resolver seu problema, até porque era comum "casas de umbanda" cobrarem por tais "serviços".
Ainda esta semana uma irmã foi ameaçada de ter seus guias "amarrados e recolhidos" pelo fato de ela escolher através do livre-arbítrio, ir pertencer a uma outra Tenda de Umbanda.
Mês passado um senhor me procurou desesperado dizendo que sua "mãe de santo" de umbanda, disse que era preciso que ele fosse para o candomblé cortar para o Orixá, uma vez que a Umbanda não tem tanto conhecimento nos Orixás assim.
E são tantas outras situações e fantasias por ai, cobrança, auto sugestão, amarrações, ameaças, perseguições, surra de Orixás e etc.
Não é isso que sinto, não é isso que aprendi, não, isso não são fundamentos de Umbanda.
Umbanda tem doutrina, teologia, ciência divina, práticas milenares, é inclusiva, universalista, caritativa, mediúnica, sacra, é religião e esta em movimento constante.
Umbanda não é preconceituosa, segregacionista, perseguidora, vilipendiosa, materialista.
É preciso estudar, conhecer, discutir, ensinar, Umbanda não é religião de dogmas, tabus e segredos.
Tudo deve ser baseado na transparência e no esclarecimento.
Os que quiserem permanecer "engessados" que permaneçam, os que escolherem a ignorância fiquem a vontade, mas não persigam os que estão para fazer a diferença, aqueles que ouviram o chamado e aceitaram a missão de fato Viver e Fazer Umbanda.
Um grupo de irmãos e irmãs em Oxalá em todo o Brasil, unidos, e tendo a outorga do Caboclo das Sete Encruzilhadas, continuando a obra de Zélio de Moraes sob a égide de Ogum, vem realizando linda obra, de desmistificação, divulgação e propagação da Umbanda e espalhando conhecimento de fé racional.
Portanto eu peço, imploro, clamo PAREM DE MACULAR A MINHA RELIGIÃO, que é paz e amor, um mundo cheio de luz, PAREM DE MACULAR A IMACULADA MÃE UMBANDA, que é para todos por todos, PAREM DE MACULAR aqueles que com muita fé e sentimentos nobres levam ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.
Em defesa da Umbanda (Religião sagrada e brasileira).


DAVID VERONEZI.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

FILOSOFIA NA EXPOSIÇÃO DE UMBANDA TRILÓGICA.

" Os Pais e Mães Orixás, além de serem os Tronos de Deus, divindades manifestadores das qualidades do Criador, também são uma ideia.
A ideia do amor e toda a sua filosofia se perpetua em Oxum, assim como a ideia da fé em Oxalá, do conhecimento em Oxóssi...
A filosofia dos Orixás levam aqueles que dela se aproxima e analisa a uma nova consciência, e maneira de viver. Todo esse pensar, garante moral e espiritualidade profundas, enraizando no mental e no emocional do que se propõe a essa filosofia as características da divindade.Logo o individuo ou a singularidade, passam por processo natural, de se transformarem como que um "micro-orixá", pois manifesta em sua vida e meio ambiente (interiormente e exteriormente) o pensamento, vibração e arquétipos do Orixá, tanto daquele que o fatorou como daquele em que se criou uma afinidade.
Desta forma, em união com a ciência divina e com a teologia umbandista, a filosofia dos Orixás, formam de fato um ser espiritual que vive experiências humanas, mais instruído e compromissado com a fraternidade, igualdade e liberdade.
Toda essa busca por conhecimento e sabedoria nos aproxima não só do sagrado, como também de nós mesmos e dos que nos cercam. É claro que essa reflexão não se encerra aqui, há muito o que se discutir e "filosofar" sobre tema de mais profunda importância, porém que fique um impulso para que todos os umbandistas, procurem na exposição trilógica da Umbanda, respostas e fundamentação.
Sendo a filosofia o "amor a sabedoria" neste caso se transforma em amor aos Orixás, a nós mesmos e aos outros, sendo a filosofia a "filha da sabedoria", neste caso se transforma em filha dos Orixás e nós filhos dos mesmos.
E a filosofia umbandista e a dos Orixás, continuará estudando e falando sobre a existência, o conhecimento, á verdade, aos valores morais e estéticos, á mente, a linguagem e etc.
Por definição a filosofia umbandista e/ou dos Orixás, é a filosofia do ser, pois inclui a metafísica, cosmologia..., é do conhecimento pois inclui a lógica, enfim realiza como qualquer outra a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente com base na compreensão das divindades (Tronos de Deus) e no ser.
Não deixa de ser um conjunto de ideias ou atitudes, pois a ideia da fé, amor, sabedoria, evolução, criatividade, verdade, ordenação, justiça, estão como fundamentos na Umbanda, assim como as atitudes individuais e coletivas que manifestam na prática as ideias concebidas e em análise. Não há espaços para dogmas ou tabus nesta filosofia, pois ela é livre, inclusiva e universalista.
A ideia da possibilidade de sermos "micro-divindades" (aqueles que manifestam as qualidades e vivem em conformidade delas) é real e de extrema possibilidade, basta olharmos e ver que os cristãos, imitam e tentam os melhor que podem se aproximar das ideias, comportamentos e qualidade de Jesus, assim acontece com o budista tradicional e Sidarta Gautama , ou o socialista e Marx... Não há contra senso, absurdo ou surrealismo em buscar conscientemente e de fato sermos manifestantes das mesmas qualidades dos Tronos de Deus. Um ser que a todo instante vibra e manifesta criatividade, vibra e manifesta Yemanjá, o ser que vibra e manifesta fé, religiosidade sã, bondade, pacificação, vibra e manifesta Oxalá...
Pensar no Orixá não trará grandes mudanças no ser e nem no coletivo, agora pensar e incutir no interior a ideia que é o Orixá, para posteriormente exteriorizar, os mistérios, as características e dons dos Orixás, transformará grandiosamente a maneira de ser, sentir, pensar e agir do indivíduo e do coletivo.
Que mais e mais irmãos de senda, possam despertar em si, o espírito filosófico proposto, e desta forma além de missionários e teólogos umbandistas, sejam também filósofos da religião, uma filosofia livre, inclusiva e caritativa."

David Veronezi.